A disputa de uma herança, assinaturas falsificadas e um processo em tribunal. Este poderia ser o início do guião de um filme, mas é, na verdade, um caso que acabamos de resolver graças à grafoscopia.
No artigo de hoje explicamos-lhe o que é a grafoscopia e como foi determinante num complexo caso jurídico.
O que é grafoscopia?
A escrita de cada um é uma marca pessoal, como uma impressão digital, por isso é inconfundível, ou seja, é possível afirmar com segurança se um documento foi, por exemplo, assinado por determinada pessoa.
Tal só é possível graças à a Grafoscopia ou Documentoscopia – a ciência que procura afirmar a autenticidade de documentos e quem foi o seu autor.
Uma vez que é efetuada em laboratórios, por técnicos certificados, serve de prova no meio jurídico.
Fonte: Fallat (2013)
Porquê Esta Técnica?
Para lhe explicarmos a vantagem de usar esta técnica, vamos contar-lhe o último caso que ajudamos a resolver, com sucesso. Sim, acabamos de lhe dar um spoil, mas vale a pena ler até ao fim.
Recentemente fomos contactos por um indivíduo que colocava em questão uma série documentos assinados pelo seu pai que, infelizmente, tinha acabado de falecer. Estes documentos consistiam em contratos de doação de propriedades e transferência de poderes para representação bancária para um sócio do defunto.
Cabia-nos definir a metodologia para apresentar provas concretas que respondessem à dúvida: Teria o senhor assinado estes documentos antes de falecer?
A Metodologia
Para atestar a veracidade da autoria dos documentos efetuamos perícias gráficas a registos que sabíamos serem autênticos e de várias épocas – o BI, um cartão de associado de equipa de futebol, cheques, entre outros.
Seguiu-se uma minuciosa análise em laboratório, na qual foram usados microscópios rigorosamente calibrados. Quando terminamos, redigimos de um documento oficial que não deixava margem para dúvidas: os documentos não tinham sido escritos pelo idoso.
Em Tribunal
Depois da entrega das provas, demos instruções claras ao nosso cliente sobre como deveria agir e em que trâmites.
Dado que as provas eram inequívocas, seguiu-se um rápido processo em tribunal, no qual fomos chamados a depor como Peritos Forenses.
Conclusão
A perda do património, que acabou por ser restituído, é apenas a parte visível dos danos causados. Esta família foi vítima de um crime.
Roubo de identidade e o uso indevido de dados pessoais têm cada vez mais altas taxas de ocorrência em Portugal.
As vítimas diretas e indiretas, como as instituições, necessitam de provas que suportem as suas dúvidas. A grafoscopia é uma técnica segura e relativamente rápida para obter evidências.
Se duvida da autenticidade de algum documento contacte-nos.